Thursday, December 30, 2010

Cuecas azuis. Pensei em, desta vez, vestir as tais cuecas azuis. Pensei também nas passas, no pé direito, nos desejos e nas badaladas. Tudo o que é superstição, eu quero. Assim, pode ser que o ano novo chegue mesmo novo.
É que chamamos-lhe ano novo, aliás, temos chamado a todos os que passaram e acontece que foram apenas a continuação da repetição de anos igualmente semelhantes. Novo foi só maneira de dizer.
O facto de ser novo, só agora penso nisso, é magnífico. O universo dá-nos outra hipótese de recomeçar e reinventar:novos 365 dias para sermos outra coisa, ou pelo menos, ver tudo de outra maneira.
Eu quero esse ano novinho em folha. Ele que venha com todos esses meses e que, em cada um deles, seja eu mas melhor. Sei que provavelmente não irei ganhar o euromilhoes, nem nenhum relizador famoso me irá encontrar e convidar para ser a melhor actriz de sempre, nem de repente perderei as acumulações de gordura que me chateiam; mas quero mudar o que vejo quando olho para mim. Poder acordar e pensar que é mais um dia para ser feliz e um montão de possibilidades para eu agarrar.
A questão não e ser feliz, mas pelo menos fazer por ser.
Esta é a minha resolução de ano novo: quero estreá-lo. A ele e às cuecas azuis.