Monday, January 23, 2006

ilusão(ou não) dos 18

Se há uma coisa que, agora, tenho a perfeita noção é que aos 18 anos, de facto, não há ninguém que não tenha projectos e sonhos que acha ser capaz de concretizar...e ao mesmo tempo que sinto essa certeza, olho para mim mesma e desacredito-me porque, oh Ana, por favor, achas mesmo que vais ser actriz, que vais ter tomates para enfrentar tudo e todos?Achas que vais ter a casa que sempre quiseste (quintal obrigatório), com um marido que não existe e dinheiro (mas não em demasia), etc., etc.??
- Sim, e porque não?, respondo eu para mim mesma. Esta é uma outra idade dos porquês, mas estes são feitos a nós próprios, são perguntas que fazemos e que só nós poderemos procurar pelas respostas dia-a-dia. São os tais pontinhos no horizonte de que tanto falo e que tanto procuro.
Cabe a mim, e ati, e a todos fazer com que tudo o que ambicionamos, possa ser verdade, lutando para um final de vida em que olhamos para trás e dizemos: Fodx, fui mesmo feliz!!(podem eliminar o calão...)

Miguel Torga, meu amigo, desculpa lá, mas apesar de achar a frase marivilhosa, vou fazer por evitá-la:
"Vim sem vontade
E vou desesperado
Mas assinei a vida que vivi"

Friday, January 20, 2006

primórdios de mim...

Para começar, não percebo porque me chamo Ana Margarida...Sei que sou eu e que já nada posso fazer (ainda que mudasse o meu nome, já me sinto prostrada a esta realidade...) mas como gostaria de ter um n ome que, antes de me conhecerem ou saberem quais as minhas qualidades teriam que admitir que era imponente, feita para andar por aí nas luzes da ribalta. Não que tenha a mania de querer ser importante, mas quero (isso sim) ser importante para mim mesma, orgulhar-me do que faço e do que sou, ter a minha estátua situada em mim própria! E tudo isso foi perdido quando me atribuíram este nome que nada me pode oferecer de sonante...mas, e se?? e se eu for contra todas as probabilidades lógicas e fizer deste nome algo de que me orgulhe, que esteja atracado a cheiros, e cores, e sons de outrora que nos fazem sonhar e voltar atrás no tempo (aquela mesma sensação, quando se abre um livro de recordações e se vê alguém que nos foi tão importante e querido...).

Penso que é esta a minha missão: fazer de um nome que à partida nada de especial promete, a minha identidade assumida, cheia de atitudes e valores dos quais me orgulharei eternamente...assim tentarei, Ana Margarida Ferreira Monteiro serei!

prefácio

Escrava da tecnologia como todos os outros..
Queria ter alguém de facto importante para abrir este blog, como acontece em todos os (bons) livros. pois bem, ninguém se ofereceu (terá sido por não ter dito a ninguém?)...até porque, quem melhor do que eu própria para abrir algo tão pessoal e, no fundo, tão narcisista...afinal, aqui falarei da MINHA vida, do MEU passado, do MEU presente e do MEU futuro (ai que frase tão original, Ana Monteiro)...
Como em qualquer prefácio, terei que dizer qualquer coisa de jeito, é??
bem...em função da minha busca incessante pela originalidade, retiro-me sem mais nada dizer...